Uma noite dessas, Tomás já estava dormindo. A calmaria invadiu a casa, aquele cansaço gostoso de fim do dia, de obrigações cumpridas, eu e João jogávamos conversa fora.
Então, eu digo para meu marido:
– Eu fiquei sabendo que o Luisinho, filho da Mariazinha, engasgou com uma noz.
Marido:
– Nossa, que perigo! E aí?
– E aí que ele precisou ir para o hospital. Foi feio o negócio, me disseram.
E é aí que reside todo o mal, no famigerado “me disseram”.
Então, num lapso de memória e de humanidade, eu me esqueço de que também sou mãe, e saio com essa:
– Mas também, me disseram que ela ainda dá papa para o menino! E olha que ele é só um mês mais novo que o Tomás. Tem mãe que só por deus, viu!
Silêncio.
Alguns minutos depois, meu marido saiu com essa:
– Talvez uma pessoa vendo a situação de fora também dissesse que você só por deus.
– Ahn?
– Essa sua recusa em colocar o Tomás no quarto dele. Essa dependência dele em dormir só com você, só com seu cabelo…
E encerrou sua fala assim, sem julgamentos, no melhor estilo: Para bom entendedor, meia palavra basta.
Porra João, jogasse bosta na minha cara, mas não me jogasse essas verdades incomôdas!
Hhahahahahahaha…. menina, que saia-justa! Quem nunca? Bj
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Nem me fale, Cíntia! Mas algumas verdades precisam ser ditas, né! Doa a quem doer 🙂
Beijo
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rsrsrsrsrs
é…. é bem assim…. merecem ser ditas e precisam ser ouvidas de vez em quando. Não sempre, mas de vez em quando.
E todo mundo julga, não se preocupe. Um dos meus maiores exercícios pós-maternidade é julgar menos, o quanto menos eu conseguir, mas te digo que é uma lição ingrata, pq é do ser-humano a comparação, saber de tudo, querer ajudar, poder falar… exercitemo-nos.
Beijos!
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Oi Dani,
Realmente, depois da maternidade a gente aprende que julgar não dá certo. É aquela velha história de cuspir pra cima…
Beijo, Beijo
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A-M-E-I!
Vc é otima! E realmente, julgar é fácil demais. Sorte que tenho um marido desse jeito aí, que fala na lata também.
Bjs!
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Obrigada, Lu!
Nem sempre ter marido sincero demais é confortável, né! Mas ajuda, risos!
Beijos
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