Quando você pensa em brinquedo Waldorf aposto que a primeira coisa que lhe vem à mente são aquelas bonecas de pano! Se você conhece um pouco mais da pedagogia Waldorf, você também poderá pensar em brinquedos de madeira.
Em ambos os casos vocês está correta (o). Porém, nem toda boneca de pano e nem todo brinquedo de madeira (muito menos) é de orientação Waldorf. Ainda que o fato de serem de pano ou madeira seja um mérito enorme no meio dessa selva de plástico, luzes, sons e cores chamativas, os brinquedos Waldorf se diferenciam pela maneira que são produzidos. E claro, por toda a filosofia da Pedagogia Waldorf, derivada da Antroposofia.
Um brinquedo Waldorf sempre será confeccionado com materiais naturais, como tecidos de puro algodão, feltro de lã e lã de carneiro. No caso dos brinquedos de madeira, a madeira utilizada sempre será de cultivo certificado ou reaproveitada, não existindo no produto final (brinquedo) cantos vivos, farpas, nem pregos e/ou parafusos aparentes. Quando coloridos, são feitos com tintas naturais, atóxicas, solúveis em água ou recebem apenas acabamento com cera de abelhas. Geralmente são pesados e maciços, conferindo resistência ao material.
Um brinqueo Waldorf tem, por princípio, a intenção de estimular a criatividade e o livre brincar; de desenvolver os sentidos da criança.
Rudolf Steiner, criador da Pedagogia Waldorf, já em sua época dizia que os brinquedos de plástico, ou os brinquedos mecanizados eram brinquedos “mortos”, pois não possibilitam à criança o desenvolvimento pleno de sua criatividade.
A confecção de um brinquedo Waldorf sempre levará em conta a responsabilidade social (nunca empregará trabalho escravo, por exemplo) e sempre que possível, optará pelo comércio equitativo.
Levando tudo isso em conta, é claro que um brinquedo Waldorf não será exatamente barato. Mas você concorda que nesse mar de brinquedos, muitos, mas muitos brinquedos mesmo, que na minha humilde opinião não passam da mais pura porcaria, também não são baratos?
Eu não sou pedagoga, mas como mãe de um menino de dois anos e meio eu sei, na prática, da importância do brincar. E é exatamente por acreditar nessa importância, que os brinquedos do Tomás estão cada vez menos… plastificados.
Confesso que a mudança para Alemanha facilitou nosso trabalho. Muitos brinquedos do Tom não puderam vir, e na ausência de avós, tias, padrinhos e amigos para mimá-lo presenteá-lo, o ritmo de ganhar brinquedos diminuiu bastante. E além disso, como passamos, nós os pais, a sermos os únicos e maiores fornecedores de brinquedos ao Tom, imaginem quais escolhemos?
E querem saber de uma coisa? Ficou claro também que criança não precisa de muito brinquedo. Com pouco se faz muito. E um dos maiores brinquedos que demos ao Tomás foi a possibilidade de ter contato com a natureza, através dos muitos parques que temos por aqui.
É impressionante como a imaginação do pequeno corre solta com aquilo que, nós adultos, talvez consideremos como pouco.
Eu não sou pedagoga, mas como mãe de um menino de dois anos e meio eu sei, na prática, que meu filho precisa de tempo, de brinquedos adequados e de apoio para brincar.
Pode parecer pouco, pode parecer sem glamour, pode parecer tão sem-graça, mas garanto que não é!
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Quer comprar verdadeiros brinquedos Waldorf no Brasil? Então não deixe de visitar o site da livraria antroposófica e o blog dos educadores Waldorf lá de Bauru. Gente que faz cada coisa linda, que dá vontade de comprar já!
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crédito das imagens http://www.livipur.de/
Eu pouco conheço a pedagogia Waldorf e gostei de aprender sobre os brinquedos aqui.
Sabe que aqui em casa também não tivemos presentes de avós, tios, etc. Somente dos pais, o que eu acho que é ótimo. Tem-se poucas coisas aqui em casa e podemos selecionar bem.
Beijo
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Oi Ana Paula!
Obrigada pelo comentário!
Apesar de serem os pequenos brincarem, eu acho que brinquedo é também coisa de adulto! Adulto precisa escolher com muito criterio, muito cuidado.
A gente ja se estresssou um bocado com as avós, que insistiam em dar brinquedos que nao preenchiam em nada essa proposta de um brincar mais criativo. Enfim….
Beijos
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Gabi, adooooro brinquedos sem som, agradeço a Deus e todos os santos quando alguém dá um brinquedo silencioso para a minha filha, pq, né? Obviamente os ouvidos de mãe agradecem.
Afora a grande vantagem de não serem cheios de luzes e sons, os brinquedos waldorf propiciam a “viagem” da criança, a imaginação, os barulhos que elas produzem, histórias que elas inventam, isso é ótimo!
Eu dou um monte de massinhas para a Laura – não um monte, dei dois pacotes até hoje. Ela ama e eu tb!
E brinquedos de montar de madeira, são ótimos, muito melhores do que Lego, que já vem com formas desenhadas….
Beijos grandes!!!
Conta mais sobre Waldorf, estou AMANDO!!!!
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Oi Dani!
O João, meu marido, não suporta, não tolera brinquedo com som. Ele escondia, dava fim mesmo. E convenhamos, é mesmo o fim aquelas melodias mal e porcamente tocadas, aqueles sons que enlouquecem.
Apesar do Tomás ter Lego, eu também percebo que a criatividade dele vai mais longe com os blocos de madeira.
Que bom que você está gostando! Crio coragem para escrever mais!
Beijos
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Oi Ana, eu respondi seu comentário via celular, e agora que vi que o que escrevi não tem pé nem cabeça!
Gente que horror! Eu quis dizer que as crianças brincam, mas cabe aos pais selecionarem, né?
Beijo
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oi, Gabi, tudo bem?
Escreva mais sobre Waldorf, por favor. Sou mãe de um menino de 1 a e 11 m e estou pesquisando muito sobre brinquedos ditos educativos. Ele já tem a maioria dos brinquedos nessa categoria, mas é um tema que me interessa muito.
Bjos,
Natalie
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Ai Gaby, seguimos essa linha aí também. Nao tenho dinheiro e nem intenção de encher a casa de brinquedos. Por aqui temos mais espaço que brinquedos. E tem dado certo, sabe? 🙂 Beijos
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Oi Cíntia! Eu bem sei que dá certo ;-)!
Sorte também, que existem muitos espaços para as crianças brincarem por aqui. Imagino que na Suécia não deva ser diferente, né?
Beijo
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É Gabi… está coberta de razão. Também adoro os brinquedos de madeira e principalmente todos que as crianças criam com os elementos da natureza. Sabe que o Felipe passa horas pegando pedrinhas, gravetos, observando os bichos no jardim… Tem coisa mais gostosa que essa!? Sabe que criei uma caixa para ele. Juntos nós encapamos e ele sempre traz do Kindergarten coisas especiais para guardar na caixa e brincar posteriormente.
Um grande beijo!
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Oi Celi! Falou tudo!! O Tomás também ams pegar gravetos, pedras, folhas… Amei a ideia da caixa!
Eu dei uma sumida do skype, dei uma encaramujada. Mas vamos bater um papo nessa semana?
Beijo saudoso
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Adorei o texto! Também tenho um filhinho de dois anos e aqui em casa não entra nem brinquedo eletronico, nem espadas, armas, etc. Regras claras.
Para o seu aniversário de 2 anos ele ganhou um fogão de madeira (amou!!) e uma quantidade enorme de lego duplo (com o qual eu brinco mais que ele) … 😉
Beijo
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